Me sinto como uma velhinha de 99 anos, chegando ao fim de uma vida sofrida e injusta.
Onde a tristeza percorre meus sussurros, sendo a solidão meu último casamento fiel e honesto, e o meu único sorriso são aquele das fotos na parede de meu quarto.
Me sinto cansada, como chegar do trabalho depois de um final de semana de balanço;
Me sinto frígida, quando se trata de mim mesma;
Me sinto grata pela vida, mais já deu;
Me sinto sem sangue o suficiente para poder bombear meu coração novamente;
Gostei de quem tinha para gostar, e na maioria apenas EU gostei...
Vivi o que eu tinha para viver, e na maioria eu nem me lembro...
Chorei o que tinha para chorar, e ainda assim eu fiquei sem lágrimas..
Sorrir o tanto que eu tinha para mostrar, mas era de uma piada ou de cocegas...
Vi paisagens que eu pensei que só existia em filmes, entretanto foi apenas uma vez...
Descobrir a solidão quando eu pensei que jamais fosse amar de novo, mas com isso descobrir o impossível..
Queria correr pela areia da praia até ficar sem folego, mas apenas à observo...
Já quis muito, e hoje eu já não quero mais nada...
Já não compro mais roupas, por que a minha cama é meu conforto...
Não tomo mais remédios, pois minhas dores estão na alma...
Sou tão incrédula quanto as pessoas, o mundo e a vida que só me desafogo com minhas próprias palavras, pois palavras sincera à tempos não escuto.
Voltaria atrás se eu nascesse de novo e conseguisse te conquistar, mas o tempo voa e eu já não sei mais competir...
A vida cansa, ela não é o que se diz ser e eu não sou quem aparento ser.
Talvez algum dia, em alguma hora, naquele momento ou talvez nunca mais!!
M. Miranda
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